Céu de concreto



piso no concerto do concreto
a selva de metais e pedras
é local de minhas asas
tingindo o cetro do centro
da plenitude de minha casa
Pois sou meu piso 
no céu de concreto
Há a nota verde
da troca da "verdade"
Há a ruína negra 
da loucura que não cura 
e do gélido invejoso da vaidade
piso no centro do concreto
a idade passa
mas eu não
não me descaso do meu ser selvagem
do meu ente descalço
piso o chão da cidade
alheio a Sua loucura
ensimesmada
pois sou me céu meu rei meu eu
tenho meu chão meu cetro 
Piso no centro do concreto