Não me ligo as formas desse mundo

Estilo de linguagem, tipos de gíria,
se fala “bacana” ou muito louco, “pode pá”, ou “veremos” …

Muito menos a representação do corpo,
se imponente, receptivo, se doce ou rígido,
se gordo ou se magro, se prende tensões ou liberta os músculos…

Me conecto muito mais as formas do olhar,
aos trejeitos indiretos, as repetições da alma,
e o que elas querem dizer,
se se ouve com todos os ouvidos abertos
ou se ouve apenas o que os ouvidos estão doutrinados a entender

Se se observa o outro diretamente ..
com todos os corpos e sentidos,
discernindo e compreendendo
ou se se rebate
sempre de bate e pronto
num modo de refratar o outro,
indiretamente numa forma interna “à perder de vista …
e realmente nunca se entender

Se as máscaras que alguns vestem são a verdadeira essência?
ou se estão ali, apenas para tentar reforçar uma maneira …
que muitas vezes dizem o contrário do que está por dentro …

As formas do mundo, os seres temporais ou as personalidades mundanas estão aí, desde que o mundo é mundo …

E não querem dizer nada … por isso tem tanto pra falar.

Aqueles que falam mais, pouco sentido surgem… ao contrário dos que mais tem pra explanar … pouco falam.

o mundo tem divisas de valore e sentidos ..
conceitos e percepções … se ao contrário de sempre num loop repetitivo ficarmos olhando para fora … olhássemos mais pra dentro de si
seriamos … que tudo sempre esteve aqui. Como haveria de ser.

Sem as ilusões de outrora …

Mas aquela pequena sutileza . … que domina e emana … todos os caminhos.