Os restos plenos de si mesmo, nau de vendaval

Para alma latina de secos & molhados

Travei lutas com o destino
Os deuses do tempo mentem para si mesmo
O tempo cessou de existir na minha sina
É somente o momento vendaval do brilho
Que me resta nessa jornada trabalho
O delírio me fez por muito
E por pouco não me desfiz
Sou somente a semente estrelada do vento do sol
Me encontro em desalento com os outros tempos
Faço-me moinho loucura cavaleiro e ......
Espetei a lança no veio divino
Soltei o vendaval e a insegurança
Sou somente a semente estrelada do vento do sol
Minha nau de vendaval destruiu todos os constructos
Putos ralos arrotos amargos
Não existem teorias que consigam suplantar o vendaval do brilho
o temporal reluzente
que carrego em minha alma
a tudo abarca......nau de vendaval
me faço novamente
nesse momento em que transluzente regozijo
os restos plenos de si mesmo


encontro de minha água

para o patrão nosso de cada dia

Soltei, entrei, vi brilhei, minha luz, é amor de cactos, que só eu quis, acalmo-me, pois nada vejo, pois tudo vejo, pois profundo vivo, e sigo, em meu caminho, não me engano mais com nada, encontrei a vida, o fluxo do sigo, do moinho de água, pois vejo só a mim mesmo em mim mesmo, sou meu próprio suplantado, suporte, água, meu mestre, nenhum é mais ou menos, mas mais do mesmo, de mim em mim mesmo, em que me inovo me invento me construo, e me encontro pronto para ser sozinho....como dança no espelho d´água em cima adentro abaixo.......


Assim assado

O tempo passou, se foi, deixou de existir, aparece o herói de todos os dias aqui em casa, para salvar a cor de meu velho amargo, de infarto,


primavera nos dentes


Voo insano
De pureza e temporal
Nos nós esticados de tremeluzente cristal e vidro e ponta de punhal
Refletido em imagem destoante
No prisma tresloucado de refração paralela dissonante
No espelho sem nexo de nexo total
Que no lugar do brilho do que sigo
vivo sem o que vivo no material
o deturpado do esquizofrênico quase deslocado, magical
sem a integridade do normal
quase vivido lixo de não ser
no alicerce quase perdido
do eixo desloucado
no destino amalucado
e sempre não desisto
mesmo envolto em tempestade decepado
Pela volta ao ser natural sigo
Sem as grandes mágicas temporais do passado
Pois o espaço já se preencheu de todo bem necessário
E volta e ser realizado pleno integral