O
Notório Doutor Notop V01
Andava
Sempre acelerado, a bengala girava em giros completos no sentido
horário de um em um segundo, na velocidade do ponteiro mais rápido
da cidade, nosso mundo.
O
Notório Doutor Notop simplesmente não parava, nunca. Sempre tinha
inovações para aplicar, soluções para relizar, cálculos para
aprimorar. Às vezes as pessoas não entendiam o que ele dizia, mas
isso, ele dizia: "é uma contingência do nosso tempo
contíguos".
Dentre
os campos do conhecimento já havia inventado a fórmula heurística
para a criatividade ser acionada na educação infantil, a
hermenêutica compreensiva do relacionamento polilético
cognitivo (em oposição as dialética conflituates)
No
campo artístico já havia criado a fórmula chiasmática da do
carisma para a intervenção dentro da interação
personagens/público para a fins de experiências realmente valorosas
nas salas de espetáculo.
Nos
teoremas conhecimento matemático havia criado a aliança de
estrutura entre as conjecturas das fórmulas dos números irreais com
os surreais em um modelo próprio de enfoque em que os números
infinitesimais se uniam aos absolutos. E outras muitas inovações
surgiram a partir deste ponto...
Ele
dizia que estava a dez anos aprimorando a fórmula da relatividade na
aplicação da aceleração espaço tempo de modo que o pensamento
fosse acelerável a uma velocidade maior que o absoluto do feixe de
luz. Mas isso, ele dizia, seria para daqui a pouco tempo, não muito,
curto tempo.
No
campo das Ars Químicas ele havia feito grandes descobertas como a
reflexividade cromo-boro ser aplicada com a "goma arábica"
em estados de soluções pastosas em pigmentos diversos, tudo muito
"home made", e que assim unindo essas tintas aos metais
preciosos, o ouro e a prata ficavam fixos por longos séculos e eram
capazes de realizar as pinturas plástico-metálicas mais belas e
brilhantes desde a celeste Cístina. Nas lógica programacionais
ele havia descoberto e aplicado a função da invariabilidade nos
algorítimos dos axiomas para as "pilhas" da programação
e transferido para a renderização dos pixels infinitesimais das
goticuluminescências dos gazes que transmitem os hologramas
teledimensionais que hoje em dia são até possíveis de apertar as
mãos de alguém que está no Japão.
Eram
tantas inovações tantas descobertas que ele já dizia que conseguia
produzir em casa uma máquina para viajar no tempo, mas isso, ele
dizia, o nosso tempo não estava pronto devido "aos nossos
quantuns de potencial temporal, ou entrópico, não estarem preparado
para o fluxo do tempo quântico. Mas isso, ainda, devido ao nosso
tempo", ainda.
Por
onde andava, no campo ou na cidade Notop era admirado e reconhecido.
Na sua casa de campo ele era grande marceneiro uma pessoa doce, leve
e calma, tratava todos de igual para igual com o coração ameno.
Na
cidade ele era visto como um ser ímpar, um gênio, que por muitos
era um ser além do nosso tempo, hora louvado, hora respeitado e por
muitos, muitas vezes, temido.
Os
setores mais conservadores ou retrógrados da população vezes ou
outras tentavam denegrir sua imagem ao público como naquela vez que
fez um teste gênio e misturou um leão e uma águia e realmente deu
certo, o Sphinrax nasceu corpo e alma perfeitos, Notop era um gênio
e um Deus e a Sphinrax sua guardiã.
As
pessoas o temiam e diziam que nenhum homem poderia ter um poder de um
deus e nenhum homem era feito um deus. Tentavam o agredir, tentavam
persegui-lo mas realmente era impossível. Levaram-no para a corte
real a fim de ser julgado por tal "aberração". Após
saírem da corte Real Notop fora absolvido e fora proibido de fazer
outros experimentos gênios desse tipo, pois foi decretado perigo
público, segundo as palavras de Notop que saíram nos jornais "era
um perigo público para a mentalidade eufemista do nosso tempo".
Notop
fora criticado, e perseguido mas após o julgamento, em que repito
fora absolvido unanimemente ele disse sabiamente:
-
Os seres que não sabem os próprios propósitos nunca conseguiram se
sustentar.
Estes
inventos foram fazendo-o ficar cada vez mais solitário, ele ia ao
centro da cidade, onde havia o grande relógio, que ele julgava
passar lento em demasia, comparadom as lufadas de vento que saíam de
seus movimentos com sua bengala e ele ia, admirando o tempo lento
passar.
Cuidadosamente,
sempre na mesma cadeira de frente ao relógio ele preparava seu
cachimbo, ajeitava o seu bigode branco e dava umas pitadas ajeitava
os óculos com uma armação fina ,mas hiper firme, que ele mesmo
havia criado e diziam pelas línguas urbanas que possuía
propriedades mágico-tecnológicas.
E
ali ficava.
Olhando
o tempo lento passar …
*
* * * * *
Em
um momento destes foi que o conheci pessoalmente o Notório Notop.
Respirei e fui em sua direção, e como em um lampejo perguntei, como
se perguntasse para um gênio algo que só ele pudesse responder:
-
Com licença snr. Notop, mas como é possível que o relógio de um
homem possa ser tão diferente do relógio de seu tempo?
Nesse
momento ele respirou rápido e sorriu ao mesmo tempo, voltou como um
raio e sorriu ao mesmo tempo e disse com a face mansa:
-
Ora meu rapaz, o tempo de um homem é um tempo só, girando a
velocidade própria que ele mesmo a faz, o do mundo é outro tempo
girando na mesma velocidade do mundo sempre. Você compartilha o
vosso com o mundo do jeito que quiser …
Nesse
momento foi como se eu tivesse tomado um choque, nunca havia reparado
como não me conhecia, sabia tudo sobre o mundo ao meu redor: os
itinerários dos ônibus, os eutores clássicos, frases e citações
de Sheakspeare a Borges, mas nunca havia me visto como um tempo só.
Será que isso era possível, eu me perguntava, será que isso era?
Ele,
como se soubesse meus pensamentos pelo meu semblante disse:
-
Meu garoto, o seu relógio interno é você quem faz, você quem
conhece, cabe a você mesmo percebi-lo em cada ato pois assim se
conhecerá por inteiro …
Como
de subo essas frases mudaram minha percepção, eu descreveria essa
sensação como se o tempo tivesse dado voltas dentro da minha
cabeça, é como se tudo que eu conhecesse até então tivesse
passado a conhecer de outro jeito, mas, de outro modo, de outro,
meio, de outro tempo.
Nesta
hora Notop interveio:
-
Rapaz, voce me aprece um indivíduo curioso, talvez você apreciasse
mais os estudos sobre a aesthetica do tempo, por exemplo, você já
pensou como o tempo age nos seus atos cognitivos?
Eu
disse:
-
Senhor Notop, segundo os estudos atuais, do tempo e a cognição é
possível que a vida tenha um movimento cognitivo próprio segundo os
estágios de desenvolvimento etários. Mas de fato, as aptidões são
próprias dos indivíduos .. segundo os estudos atuais é claro!
Ele
com um sorriso do lado direito disse com os olhos sagazes:
Nem
tudo que é está escrito em nosso tempo, as aptidões existem, bem
mo os dons mas as capacidades de desenvolvimento seguindo os
aprimoramentos do olhar e das práticas são capazes de transformar ã
perfeição até os homens mais tolos pesando sobre a terra.
É
como se a vontade pela sobrevivência se sobressaísse nos atos
cognitivos, o que possibilita as mais diversas adaptações. Mas é
nítido que a vivência não é o único fenômeno da vida e da
vontade.
Eu
que nunca havia pensado sobre a mente e a cognição como um fenômeno
da vontade titubeei neste mesmo ritmo de momento. Notop interveio
novamente:
-
Menino, voce deve pesquisar mais em sua biblioteca interna, isso ;he
trará grande satisfação. Se você quiser reconhecer mais sobre o
fenômeno do ato da vontade no tempo pode ir até minha biblioteca e
meu laboratório. Esteja lá as 18 p.m. em ponto que lhe mostrarei um
experimento. Já são 16hs p.m. e eu preciso ir, esteja lá.
Neste
momento ele me entregou um cartão
Notório
Notop R. Alvorda 0248
Deixou
seu cartão levantou-se e saiu, eu fiquei estático por dois minutos
somente ouvido as badaladas o grande sino do centro da metrópole.
Quando
percebi estava ali seu cachimbo. Gritei o nome de notório para as
paredes dos prédios nos corredores dos cafés, gritei mas foi em
vão. Olhei novamente o cachimbo.
Fui
correndo para minha casa para juntar minhas compilações e tudo que
pudesse mostrar para senhor Notop, nos meu pensamentos indagava
constantemente como um homem notório pela sua genialidade poderia
ter esquecido seu cachimbo? Como poderia ser dotdo de esquecimento?
Me recobrava e caçava meus estudos próprios, achados em papéis
jogados, juntava-os em pastas e separava-as rapidamente.
Então
correndo cheguei ao seu famoso laboratório, uma honra que não havia
sido conferida a ninguém até então, pelo que ditavam as lendas
urbanas. Ninguém nunca tinha entrado lá até então pois ele
declamava que nunca "tinha tempo".
Bati
em sua porta de madeira gigante com uma gárgula de metal, assim como
aquelas que estavam em sua entrada, como em uma mansão real. A casa
era gigantesca enorme no estilo neoclássico de tijolos a mostra e
pilastras de mesmo estilo na entrada, coberta com um telhado de barro
firme vermelho terra, ao melhor modo da arquitetura inglesa.
* * * * *
A
porta se abriu, haviam setas de cor néon meio que flutuando de modo
hologramático em uma reflexão no nervo ótico que me aparentavam
uma ilusão dos olhos, as setas sinalizavam o laboratório que era
também uma biblioteca …
Era
gigante o laboratório circular, uma biblioteca arquitetada de modo
perfeito em uma redoma gigante, de um tamanha de 30 metros de raio e
um pé direito que era difícil mesurar, amplo como um prédio de 3
andares, nos cantos hexagonais do laboratório haviam esferas menores
com 5 metros de raio cada, como ambientes de estudo anexados e com as
paredes preenchidas fluentemente com os livros. Cada uma apresentava
materiais diferentes, peculiares a cada especialidade científica.
Os
livros, apesar de estarem em um ambiente circunsférico com as
separações hexagonais dos ambientes semelhantemente circunsféricos
se apresentavam plena harmonia em paralelo por todo o ambiente com
exceção da abóboda que era um observatório erguido em uma
plataforma de titanium como um sistema de lentes gigantescas que
acessavam um telescópio satelar, espectroscópios e outros tantos
equipamentos ligados a computadores quânticos nunca vistos, ao
centro da biblioteca.
Todas
as esferas eram apresentavam computadores próprios, com
características programacionais diversas para cada área e estavam
adequadamente conectados ao grande servidor quântico no cetro do
local.
Neste
momento eu ainda estava parado.
Na
esfera escrita ao norte havia um templo do conhecimento, uma
escrivaninha de frente, feita de mogno imponente marrom, coberta com
um veludo vermelho, alguns livros ainda abertos se apresentavam
naquele templo.
Dentre
seus livros que pude observar haviam as maiores obras que a natureza
humana pôde criar, todos organizados de forma impecável: todos
escritos hermenêuticos e semióticos estavam presentes os texto
clássicos gregos e heurísticos estavam reunidos , escritos de
onironautas de outros tempos estavam reunidos em uma prateleira
gigante, pergaminhos tempos diversos de nossa civilização estavam
reunidos, dos sumários de Ur aos egípcios do alto Nilo do
mesopotâmicos aos gigantes Atlantes, eu cheguei a duvidar que haviam
escritos da antiga biblioteca de Alexandria e da famosa biblioteca
hexagonal. De fato tudo que fora produzido da civilização humana
estava lá … a biblioteca parecia ser infinita, inatingível.
Diversos
aparatos de escrita digital e reconhecimento de voz estavam ligados
por este templo aos outros laboratórios por mãos mecânicas que
estavam conectadas a duas luvas ao lado da escrivaninha e e que
flutuavam e se concectavam aos outros aparatos da imensa biblioteca.
Neste
ambiente dentre tantos livros se apresentava um manuscrito de mil
páginas e inacabado …
Ao
nordeste havia um laboratório química divina em que se
apresentavam, folhas douradas feitas de celulose anti-gravitacionais
flutuando com escritos hologramáticos saindo do papel, tecidos
inteligentes e humorados feitos de panos tecnológicos, ou mágicos
diziam as lendas urbanas, um tapete voador estava lá, somente a
sorrir com o seu desenho árabe ao lado.
Nesse
laboratório haviam também diversos tubos de ensaios erlenmeyers
gigantes e microscópios e macroscópicos reunidos em um sistema
complexo, coordenados tantos pelas luvas mecânicas digitais
tecnológicas quanto manualmente.
Líquidos
ainda quentes estavam soltando um vapor púrpura que preenchia todo o
ambiente da biblioteca com pequenas gotículas de luzes girando em
sentido horário, no momento em que dei um passo a frente aquelas
mesmas gotículas que Notop chamava de goticuluminescências, as
essências das luzes …
A
sudoeste havia um laboratório de física e eletrônica áurea, com
aparatos de física quântica e aceleradores atômicos feitos de
ouro, diamante e adamantium, um acelerador de partículas que cobria
o ambiente estava ativo este se afundava ao chão rumo ao centro da
biblioteca que pela pressão do tal aparato estava toda tremulando
sutilmente. Uma bomba de elétrons com um espelho de silício estava
ligada, havia também uma agulha de diamantes para fazer transistors
estava pronta e operando para fazer processadores quânticos em
grande quantidade. Pareceu-me que ele estava produzindo isso naquele
tempo.
Eu
me encontrava ao sul de tal biblioteca, que era localizada no leste
nascente de nosso céu a porte de entrada de tal magnânima bela
força da natureza.
Ao
sudeste estava um laboratório de matemática e mecânica
ultra-tecnológica,
Dentre
esta localidade haviam claçulos quânticos complexos que se
estendiam numa lousa gigantesca, calculadores e computadores se
localizavam para ajudá-lo em suas relações ultra aprimoradas, este
era em sua primazia.
Um
destes locais era especializado em cálculos temporais e apresentava
um computador gigantesco de cálculos extra-tempóreos e dimensionais
com uma pequena câmara de viagem no tempo, inoperával para qualquer
ser humano deste tempo, mas como ele mesmo falava me f=veio a cabeça
"por não muito pouco tempo"
Em
outra localidade havia uma especialidade de hologramas e relativismos
ópticos, haviam diversos óculos em cima de uma mesa, fui colocando
eles um a um, e as funcionalidade hologramáticas eram acionadas
pela retina e pelo pensamento de tal forma que apenas Notop poderia
controla-los, dois deles negaram minha pessoa, com tal afirmativa:
CÓDIGO GENÉTICO INCORRETO. Creio ser um mistério tal feito para um
óculos …
Ao
noroeste estava um laboratório de bio-química em que notop havia
criado o famoso Sphinrax, havia câmeras gigantes feitas de espelhos
de diamantes mesas médicas e apartos eletrônicos sintéticos,
diversas misturas se observavam nessa área, plantas cantantes com um
sapo maestro estavam presentes em um cato, realizando diversas
músicas e se divertiam o tempo todo, uma aranha de butinas tomava
chá com uma salamandra de chapéu. Um louvadeus de cartola e terno
me recepcionou dizendo:
-
Caro aluno aspirante Boa tarde notop disse que apreciasse sua estada
por aqui mas teve que partir e ele me pediu que lhe mostrasse o
seguinte …
Eu
estava atônito, e ele me levou ao topo da armadura ao centro do
laboratório e me apresentou um chamuscado no chão .. eu analisei a
situação e derreteste toquei um cérebro de arquitetura cognitiva,
que cainhou um holograma, notop apresentou-se e todos seu maquinário
começou a agir rapidamente, as gotículas luminescentes dançavam
por todo o ambiente enquanto os tapetes se animavam e se alinhavam,
os seres cantavam e os óculos hologramátivos se arrefeciam …
Notop
Disse:
"Meu
Rapaz.
Acionei
a ignição da cognição do tempo
Chegou
a minha hora de badalar o tempo
com
a velocidade de minha veloz bengala
Eu,
que já estava muito mais rápido que o "nosso tempo"
Resolvi-me
por vir de novo ao meu tempo
O
amor ao tempo é como a eterrnizaçòa do pensamento
Há
momentos que a velocidade é tão rápida
Que
a lentidão desse tempo me impossibilita de acompanha-lo
Assim,
devido o fato de meu tempo já ter se concretizado no seu tempo
Resolvi-me
por partir …
Mas
lhe deixo o que tenho po r aqui
Faça
bom proveito!
São
poucos os que tem coragem e e curiosidade suficiente para supera-lo
Assim
lhe faço uma última pergunta
Já
que tudo que é produzido pela vida provêm desse amor com o tempo
Como
pode a vida mar o tempo
se
nosso tempo não ama a vida?
Assim
me fui .. e você ainda me reencontrará!"
E
como um lampejo me vi a resposta … Suepração! …
Respirei,
olhei de novo o cachimbo e e lá tinha uma inscrição em latin feita
em ouro …
"Ars
Tempestus: A Arte do tempo de agir no tempo Certo".